Fazendo uma analogia ao silêncio aqui "postado" por longo período, verdadeiramente vivemos uma época em que a apatia tornou-se um prato que comemos todos os dias.
Pratos bem apimentados seguidos de bastante gelo na língua.
A lingua que falamos aqui não derruba a grosseria de muitos que tem a coragem de não estudar um personagem antes de defendê-lo bravamente nas praças virtuais.
O preço a se pagar por isso será alto demais.
Talvez não tenham culpa.
Falou-se mal de importantes revistas: cancelamos.
Falou-se mal de estações de rádio: não ouvimos.
Falou-se mal do telejornalismo: vamos de seriados.
As feiras literarias foram para bem longe.
Não se vendem mais jornais, nem os que não fazem a menor falta.
Os professores não mais estimulam alunos para os caminhos da livraria.
Os pais? Nem mais sentam no sofá.
Vivemos de postagens rápidas, que burras, direcionam opiniões tribais.
Colonizar será a estampa do futuro?
Tribos de heteros, gays, esquerdistas, centro esquerdistas, os de direita, dos técnicos de futebol e até dos apagados.
Pouco se lê, pouco se observa e muito se fala.
A grosseria e a ignorância decorrentes dessa catarse ensaiam a queda da humanidade.
O ter dinheiro e poder são batidos juntos e misturados.
Lamentamos a brutalidade. Estimula-se a brutalidade. Você esta vendo?
Lamentamos o aparecimento de sociedades retrógradas.
Ficamos assombrados com os que defendem a salvação, portando instrumentos de guerra.
O novo agora é o velho estilo. Velho em preto e branco. Velho com uma espada.
De estampidos à explosão de mísseis intercontinentais.
Visão demoniaca nos idos do século vinte.
Não se fala no elevador.
Vimos todos os dias a tortura nas calçadas, o frio no coração.
A estupidez de líderes ratos encantam a quem abandonou a escola.
Que sem vacilar, esbofeteam-nos com suas idéias bizarras e argumentos insensatos.
O que discutem nas salas de aula? Ou estão proibidas as discussões?
Sabem do enriquecimento que pode causar as discussões sem ódio?
Estamos tensos e preconceituosos.
Pobres brasileiros. Pobres norte-americanos. Pobres colombianos.
Vivemos situações análogas.
Jogamos uma grande cortina sobre os sábios.
E ascendemos os estúpidos como se fosse uma idéia nova.
Gritamos
Que o novo se renove e a máquina venha a acoplar os verdadeiros valores
E o progresso retorne aos seus trilhos.
VBrito
Nenhum comentário:
Postar um comentário