segunda-feira, 19 de março de 2012

TIME É TEMPO, TIME É VEZ


Nem tão lúcido
Ou sequer inconsciênte
Em meio a um tempo arisco
Arrisco-me às reservas num lapso
Apesar dos inconsequentes tristes
Que cruzam minham atmosfera e deixam marcas
Marco os pés no meu caminho raso
Ralhando com os incógnitos profundos
Num soar leve, em tempo maciço
De cores, em cortes,
De fontes diversas, das águas vivas.
Nas flores que entreguei
Tinham marcantes, um aroma diferente
Apesar de quase todas serem rubras
Marcadas eram nos beijos que não esqueci
Nos tempos em flor, glórias da minha vida
Tal como os de minha casa, de vila
Palco de minha fase compacta e de construção
Que figura marcante
Sem entender, que perdura, a casa do meu sonho
Fato que habitei outras
Mas em nunhuma outra
Mordi o pão e bebi o leite que minha mãe fervia
Em tal panela me surge perpétua
E que meu pai reparava, no seu modo, seu zelo, efetivamente.
Forças semânticas me envolviam num abraço terno
As mesmas que vivem quando beijo a minha mulher
Estancando da vida, os novos momentos de alegria
Até que o dia se acabe
O tempo que ainda não pude
Ser acordado de um sono tranquilo
Para um dia que nasce,
Num beijo molhado,
Dizendo...
"vovô!?"

Valter Brito de Almeida

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